Dividindo as dúvidas e os conhecimentos

Novidades no blog
Como não só médicos, mas outros profissionais de saúde estão envolvidos no tratamento dos pacientes portadores de HIV/AIDS, formalmente estão sendo convidados a participar das discussões, enviar casos e dúvidas. Para enviar um caso ou uma dúvida, clique no final de um caso, em comentário, mesmo que não seja diretamente relacionado a ele. Será visto pela adminstradora do blog e será publicado. Se não tiver uma identidade das listadas, publique como anônimo.

Ao publicar este blog minha intenção é criar uma rede de médicos que, por meio da discussão de casos clínicos, possam atender ainda melhor seus pacientes. As dúvidas também podem ser transformadas em situações hipotéticas sobre as quais poderemos debater. Todos os interessados são bem vindos.

30/05/10 Alteração nas postagens:
Ao criar o novo nome para o nosso blog, tive que passar todos os comentários do antigo para cá e por vezes errei, colei 2 vezes ou em lugar errado e tive que apagar. É por isso que está aparecendo que algumas postagens foram excluídas por mim. Pior: não consegui copiar os seguidores para este blog.
Desculpa, mas sou uma blogueira iniciante e errante.
Tânia

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terça-feira, 17 de julho de 2012

Caso 62- Mulher, 51 anos, falha virológica


Motivo da discussão:

1-      Qual o melhor esquema de resgate para a paciente?

Caso: 51 anos, anti HIV+ desde 1993, usuária de drogas ilícitas, hipotireoidismo sob controle com uso de levotiroxina.

Esquemas ARV:

17/10/96 AZT + ddI - falha

27/05/04 Biovir + EFV - falha

29/04/05 T20 + ATV+RTV+Biovir+TDF - falha

14/01/08 TDF + 3TC + LPV/r- falha

Genotipagens:
03/2005
TR - M41L/ D67DN/ M184V/ L210W/ L100 I/ K103 N/ R 211 K, T215Y, L74V
Protease- V82I/ L63T
09/2007

18/10/07 Genotipagem
T20 - V38A, S219N, L130V, E137K na HR2
Nenhuma mutação detectada para os demais ARV
  
Diversos abandonos de tratamento além de falhas de adesão. Por muito tempo não tolerava os comprimidos e apresentava vômitos frequentes. De 2008 até 2011 conseguiu aderir bem ao tratamento e esteve em supressão viral até maio/2011. Usuária de maconha diariamente, passou a usar álcool e cocaína com frequência, e ficou vários meses usando de forma completamente irregular os comprimidos.No mesmo de Maio de 2012 ingressou em um programa de narcóticos anônimos e voltou às consultas médicas.

Exames:
02/2012
CD4 307- ,14,9%   CD8 1064- 51,7%   CD4/CD8 0,288
RT-PCR HIV 103- 2,01 log
05/12
RT-PCR HIV 441cp (2,64log)
CD4 292- 14,5%   CD8 116- 55,4% 

Genotipagem:
TR: K14R, G17D, R57K/R, L63T, V82I.
K103K/N.
Protease:T39S/T, V60A/V, K122E/K, I135T, I142I/N, 
D177E, R211K, V245K/R.


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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Caso 61- adolescente, 15 anos, falha virológica, má adesão


Motivos da discussão:
1- Compor esquema de resgate em adolescente em falha virológica?
2- Que medidas poderíamos sugerir para melhorar a adesão?

DN : 21/08/1996 - Masc. - 15 anos - P : 76 Kg - E : 168 cm.

Inicio tratamento em Agosto de 1998, com 1ano e 5meses. 
Infecções resp.de repetição + Otite Média Crônica supurada + diarreia crônica + dermatite crônica.
Inicio AZT + ddI . Manteve Carga Viral elevada .
Julho 2002 : CV : 131.000 e CD4 : 692( 18%). Iniciado ddI + d4T + NFV .
Má aderência. Problema social . Mantinha CV elevada.

Geno Dez 2003 ( Criesp ) :
TR : M41L  E44D  D67N  V118I  H208Y  T215Y  K219N
IP : L10V  D30N  E35D  M36I  L63P  A71V  N88D

Feito :  2004 : ddI + NVP + LPV/r. Esquema que mantém até hoje.
Aderência sempre ruim. A mãe trabalha e nunca consequiu controlar.
O CD4 se normalizou e até hoje está bem - último Jan/ 12 : 681/mm3  25%.
A CV desde 2007 vem abaixo de 1000 cp/ml , mas apenas uma vez estava indetectável.
Este ano subiu para 2000 cp/ml.
Clinicam/ bem.

Geno :
TR : L44D  67N  118I  208Y  210W  211K  214F  215Y  219N
       43N/K  44E  49R/K  60I  119S/P  123N  135T  136K/N  147H/N  162T/S  166Q/K  179I  202V  245M/V

IP : 10I  13V  20R  33F  35D  36I  46L  54V  60E  62V  63P  71V  82A  88D  90M
      18E  24F/L  37N  55R  57K  72V/I

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Caso 60- Homem 42 anos, cirurgia bariátrica.


Motivo da discussão:
1-      No pós-op de cirurgia bariátrica, qual a melhor maneira de programar a TARV do paciente no período que vai ficar sem poder ingerir comprimidos?
a.       Deixar só com a lamivudina líquida com o objetivo de manter o fitness viral reduzido?
b.      Substituir temporariamente o DRV/r por TPV/r líquido e deixar junto com a lamivudina líquida?
c.       Manter com lamivudina líquida e, assim que possível deglutit fazer DRV 150 mg (4 cp de 12/12h já que os comprimidos são menores) + RTV líquido + RAL + TDF.

Sexo masculino, 42 anos, em tratamento ARV desde 1997
Paciente em uso de TDF + 3TC + DRV/r + RAL em supressão viral sustentada, sempre CD4sempre >800. Obeso,intolerância a glicose, IMC 40,79.

Mutações presentes em genotipagens anteriores: 215Y, 41L, 184V, 210W, 67N, 118I, 103N, 32I, 84V, 46L, 54V, 82 A, 46L, 10I, 24I, 71V, 77I, 36I.

21/05/12 CD4 1094- 32,1%  CD8 1414- 41,5% 
RT-PCR HIV <20

Após inúmeras tentativas frustras de perda de peso, optamos pela cirurgia bariátrica em manga. Não há problema com os ARV que usa, todos absorvidos no duodeno.

O problema é que tem que ficar até 15 dias sem ingerir comprimidos. Qual a melhor maneira de compor o TARV?